Plasma Rico em Plaqueta (PRP)
Um novo tratamento para lesões esportivas.
Um pesquisador Chamado Alan Mishra, em 2004, teve essa idéia: já que nossos tendões são pouco vascularizados, por que não colocar mais células dentro para melhorar a circulação? Com isso, o paciente tem uma melhor chance de regenerar seus tecidos. O cientista resolveu então, estudar uma patologia bem especifica de tenistas: a epicondilite lateral, o temido tennis elbow, pois o tratamento desta lesão e difícil e, mesmo quando se adota um tratamento conservador adequado, os pacientes podem apresentar quadros de dor persistente.
Segundo Dr. Rogério Silva a infiltração de plasma rico em plaqueta tem uma boa indicação para tratamento de lesões de tendão e músculo, e pode ser uma alternativa interessante para curar estas lesões.
Nos últimos anos, Rogério Teixeira e sua equipe realizaram tratamento em cerca de 100 pacientes, a maioria com tennis elbow. O procedimento adotado usou o seguinte critério: o paciente tinha que ter dor ha pelo menos três meses, ter se submetido a tratamentos anteriores sem sucesso e, principalmente deveria ter como alternativa para cura somente a cirurgia. Ou seja, ou era PRP ou a cirurgia.
Os resultados foram bem promissores: dos 46 pacientes que tinham indicação para a cirurgia, após a infiltração do PRP no cotovelo, somente quatro não obtiveram bom resultado e precisaram de procedimento cirúrgico.
Mas, como tudo o que há de novo, a prudência deve ser a regra, pois somente o longo prazo pode nos dizer o que devemos incorporar como técnica de tratamento ou não. Para algumas lesões (como, por exemplo, a fasceíte plantar, uma tendinite da sola do pé) os resultados não têm sido muito bons. Mas podemos dizer que esse tipo hoje tem o seu espaço no arsenal médico.
Um cuidado para os atletas profissionais: apesar de acelerar o processo de cura, o tratamento com PRP está sendo discutido pela agência mundial antidoping e, como tudo que passa por lá, pode ser que gere muita discussão.
